poema dedicado às mentes criativas
Vagueando por avenidas de ideias,
Ladeado de folhas por preencher,
Tentado pela virtude da acção
E pelo que não almejo conhecer,
Ainda com tanto por congeminar
E com tão escassa vontade para tal,
Permito que as filosofias errantes
Se atropelem no abandonado mural.
Agrada-me o silêncio suave,
Os leves contornos indefinidos
De uma vastidão em crescendo
Que arrebata intentos desprotegidos;
Satisfaz-me este feitiço de inércia,
Uma certa indolência pecaminosa
De ondulante e lascivo carácter
Com atitude firme e orgulhosa.
Num oceano de desencontros
E de forças subaproveitadas,
Sussurro às doze ninfas do bosque
Que repousam – algumas – deitadas
E firmo o meu rumo ao Sul,
Aos portões da ilha da contemplação,
Agora que sereno e só navego
Pelos mares da imaginação.
E logo me invade aquele perfume,
Aquele néctar de efeitos fulminantes,
Na terra onde a beleza se distende
Pela quietude de todos os instantes.
Pedro Belo Clara – 02/03/2010 copiado daqui:
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