[DEIXAI TODA A ESPERANÇA, Ó VÓS QUE ENTRAIS!]
Dante Alighieri, Divina Comédia

quinta-feira, abril 29, 2010

Corrente

Dot&Pixel#253; FCabral

quarta-feira, abril 28, 2010

terça-feira, abril 27, 2010

Li isto algures:

Tantos pintores

Tantos pintores...
A realidade, comovida, agradece mas fica no mesmo sítio
 (daqui ninguém me tira)
 chamado paisagem

Tantos escritores
A realidade, comovida, agradece
e continua a fazer o seu frio
sobre bairros inteiros na cidade
e algures

Tantos mortos no rio
A realidade, comovida, agradece
porque sabe que foi por ela o sacrifício
mas não agradece muito

Ela sabe que os pintores
os escritores e quem morre
não gostam da realidade
querem-na para um bocado
não se lhe chegam muito pode sufocar

Só o velho moinho do acordeon da esquina
rodado a manivela de trabuqueta
sem mesura sem fim e sem vontade
dá voltas à solidão da realidade

Mário Cesariny

Descida da A8, final de uma tarde de inverno

Dot&Pixel#250; FCabral ( Óleo sobre tela )

Dot&Pixel#249; FCabral

segunda-feira, abril 26, 2010

Li isto no blogue do João Pedro Martins:

Segredos

[...os segredos são apenas aquelas pequenas coisas
 a que não damos grande importância.
As outras, as coisas realmente importantes,
essas nós não conseguimos viver com elas.
É por isso que partilhamos.
E é aí que deixamos uma parte da nossa vida.
Os segredos não são nossos. Não são de ninguém. ]

João Pedro Martins

Amonites

Dot&Pixel#248; FCabral ( Guache/Aguarela/Papel)

sábado, abril 24, 2010

quinta-feira, abril 22, 2010

quarta-feira, abril 21, 2010

terça-feira, abril 20, 2010

Primavera

Dot&Pixel#242; FCabral

Flor em vaso azul

Dot&Pixel#241; FCabral ( Pastel sobre papel )

segunda-feira, abril 19, 2010

Autoretrato

Dot&Pixel#240; FCabral ( carvão )

domingo, abril 18, 2010

Podia ser uma pintura

Dot&Pixel#239; FCabral

For Paddy Johnson


Dot&Pixel#238; FCabral ( Aguarela )

sábado, abril 17, 2010

Onda amarela

Dot&Pixel#237; FCabral

Reflexo

Dot&Pixel#236; FCabral

sexta-feira, abril 16, 2010

Sonho colorido

Dot&Pixel#235; FCabral ( Pastel sobre cartão )

Chuva e mais chuva


Dot&Pixel#234; FCabral

quinta-feira, abril 15, 2010

Para ti Manuela


Como Queiras, Amor...

 
Como queiras, Amor, como tu queiras.
Entregue a ti, a tudo me abandono,
seguro e certo, num terror tranquilo.
A tudo quanto espero e quanto temo,
entregue a ti, Amor, eu me dedico.
Nada há que eu não conheça, que eu não saiba,
e nada, não, ainda há por que eu não espere
como de quem ser vida é ter destino.
As pequeninas coisas da maldade, a fria
tão tenebrosa divisão do medo
em que os homens se mordem com rosnidos
de malcontente crueldade imunda,
eu sei quanto me aguarda, me deseja,
e sei até quanto ela a mim me atrai.
Como queiras, Amor, como tu queiras.
De frágil que és, não poderás salvar-me.
Tua nobreza, essa ternura tépida
quais olhos marejados, carne entreaberta,
será só escárneo, ou, pior, um vão sorriso
em lábios que se fecham como olhares de raiva.
Não poderás salvar-me, nem salvar-te.
Apenas como queiras ficaremos vivos.
Será mais duro que morrer, talvez.
Entregue a ti, porém, eu me dedico
àquele amor por qual fui homem, posse
e uma tão extrema sujeição de tudo.
 

Como tu queiras, meu Amor, como tu queiras.


Jorge de Sena, in 'Post-Scriptum'

Peixinho colorido

Dot&Pixel#233; FCabral ( aguarela )

Pequenina escultura

Dot&Pixel#232; FCabral

quarta-feira, abril 14, 2010

Gosto muito disto

Dot&Pixel#231; FCabral ( acrilico sobre papel de aguarela )

terça-feira, abril 13, 2010

Inspirações da Marteleira ( esboço no bloco para um quadro )

Dot&Pixel#230; FCabral ( esboço )

Li isto algures:

Retrato de uma princesa desconhecida

Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino

Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, abril 12, 2010

domingo, abril 11, 2010

Encalhado

Dot&Pixel#227; FCabral

Flores

Dot&Pixel#226; FCabral ( Caneta / Pastel / Papel)

sexta-feira, abril 09, 2010

E lembrei-me de lhe dedicar esta foto minha

Dot&Pixel#225; FCabral

Li isto do Pedro Belo Clara:

poema dedicado às mentes criativas

Vagueando por avenidas de ideias,
Ladeado de folhas por preencher,
Tentado pela virtude da acção
E pelo que não almejo conhecer,

Ainda com tanto por congeminar
E com tão escassa vontade para tal,
Permito que as filosofias errantes
Se atropelem no abandonado mural.

Agrada-me o silêncio suave,
Os leves contornos indefinidos
De uma vastidão em crescendo
Que arrebata intentos desprotegidos;

Satisfaz-me este feitiço de inércia,
Uma certa indolência pecaminosa
De ondulante e lascivo carácter
Com atitude firme e orgulhosa.

Num oceano de desencontros
E de forças subaproveitadas,
Sussurro às doze ninfas do bosque
Que repousam – algumas – deitadas

E firmo o meu rumo ao Sul,
Aos portões da ilha da contemplação,
Agora que sereno e só navego
Pelos mares da imaginação.

E logo me invade aquele perfume,
Aquele néctar de efeitos fulminantes,
Na terra onde a beleza se distende
Pela quietude de todos os instantes.

Pedro Belo Clara – 02/03/2010 copiado daqui:  

Papagaio colorido

Dot&Pixel#224; FCabral

Grandes ondas no Baleal

Dot&Pixel#223; FCabral

quinta-feira, abril 08, 2010

Hoje é dia de ouvir isto

Dot&Pixel#222; FCabral ( feitocom carinho )

quarta-feira, abril 07, 2010

Aceito sugestões de nomes para esta pintura...

Dot&Pixel#221; FCabral ( Aguarela )

Enviado pela Margarida


"Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,

Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."

Frei Antônio das Chagas, Séc. XVII

terça-feira, abril 06, 2010