fosse eu a razão de ser da tua escrita sofrida,
lutaria por te fazer entender a razão do regresso do animal ferido,
do regresso feito de dor ao deixar-te,
e da dor de ver nos teus olhos um oceano expresso em lágrimas, quando abro a tua porta e saio,
levaria comigo na noite o negro da separação inevitável,
mancharia o silêncio frio com o teu rogar por mais uma hora do meu calor,
nesse negrume e nesse silêncio o bater do meu coração acerta o compasso do andar fugido
em direcção ao abismo da minha vida
sei-te feita de vida, mas também sei que morro em ti cada vez que te deitas na imensa solidão do teu leito.
Eu regresso ao inferno, nesse inferno em que o calor abrasador de cada chama apenas tem como alívio o gritar do teu nome.
A minha ausência não te mata, mas faz-me desaparecer em ti,
E tu não me escutas,,,foste,,, impaciente pela espera,,,
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