d●ts&piXels: março 2010

quarta-feira, março 31, 2010

... e lembrei-me deste quadro.

Dot&Pixel#216; FCabral ( Acrílico sobre papel )

Li isto algures..........

Metaphors are not

illusions to be held in

the mind in a frame of

fictional assent, they

are closer to the real

than any of our rational

knowledge and if we

concentrate upon them

sufficiently not only

will see the world

differently,

but the world will be

so different that it will

demand that we act

differently

Cairns Craig

Ténis pintados por mim, para a menina do mar, a Teresinha

Dot&Pixel#214; FCabral

terça-feira, março 30, 2010

Ao contrário, entrem sempre que vos apetecer

Dot&Pixel#213; FCabral

A propósito do "post" "AMARELO" disse assim o Pedro Clara:

"E, no rude chão da indiferença,

Irrompe, por simples ciência,

Uma tão vital presença:

A flor da nova consciência".

Pedro Belo Clara.

segunda-feira, março 29, 2010

Manhã de primavera mas chuvosa

Dot&Pixel#211; Fcabral ( Técnica mista sobre papel )

domingo, março 28, 2010

Lembra-te

lembra-te

Lembra-te

que todos os momentos

que nos coroaram

todas as estradas

radiosas que abrimos

irão achando sem fim

seu ansioso lugar

seu botão de florir

o horizonte

e que dessa procura

extenuante e precisa

não teremos sinal

senão o de saber

que irá por onde fomos

um para o outro

vividos

Cesariny, Manual de Prestidigitação (1956)

sábado, março 27, 2010

sexta-feira, março 26, 2010

Ignoto Deo

Ignoto Deo

Desisti de saber qual é o Teu nome,

Se tens ou não tens nome que Te demos,

Ou que rosto é que toma, se algum tome,

Teu sopro tão além de quanto vemos.

Desisti de Te amar, por mais que a fome

Do Teu amor nos seja o mais que temos,

E empenhei-me em domar, nem que os não dome,

Meus, por Ti, passionais e vãos extremos.

Chamar-Te amante ou pai... grotesco engano

Que por demais tresanda a gosto humano!

Grotesco engano o dar-te forma! E enfim,

Desisti de Te achar no quer que seja,

De Te dar nome, rosto, culto, ou igreja...

– Tu é que não desistirás de mim!

José Régio, in 'Biografia'

quinta-feira, março 25, 2010

quarta-feira, março 24, 2010

Já publiquei este desenho mas hoje apetece-me fazê-lo de novo

Dot&Pixel#205; Fcabral ( Paste seco / Cartolina 100x80 )

Pequenas GRANDE(S) MANHÃS ao vivo

Um programa de Rádio como já não se usa.

A simplicidade, afabilidade, e uma enorme

vontade de conversar e animar.

Sexta Feira é o segundo programa ao vivo.

Será que vai acontecer a tal "gala da grande manhã",

ali num teatro de Lisboa, sala cheia a abarrotar?

Há sempre uma sombra que nos prende quando chega o pôr do sol

Dot&Pixel#205; FCabral ( Tempera / Aquarela )

terça-feira, março 23, 2010

Quantos sonhos terão vivido aqui....

Dot&Pixel#204; FCabral

segunda-feira, março 22, 2010

Amonite com flores, que bem podeiram ser violetas se fossem,...violetas

Dot&Pixel#202; FCabral ( Tempera / Tinta da china / papel )

domingo, março 21, 2010

Gosto

Dot&Pixel#201; FCabral ( tempera / papel aguarela 30x40 )

Para a minha amiga Margarida V. D.

Sofrer Para Nada Serve

Porque esquecemos os mortos? Porque já não têm préstimo.

Esquecemos, repudiamos uma pessoa triste ou doente, em virtude da sua inutilidade psíquica ou física.

Ninguém se abandonará a ti, se não vir nisso algum proveito.

E tu? Creio ter-me abandonado uma vez, desinteressadamente. Não devo, portanto, chorar por ter perdido o objecto daquele abandono. Já não seria desinteressado, nesse caso.

No entanto, vendo quanto se sofre, o sacrifício é antinatural. Ou superior às minhas forças. E chorar é ceder ao mundo, é reconhecer que se procurava algum proveito.

Há alguém que renuncie, podendo ter? A caridade não é outra coisa que o ideal da impotência.

Basta de virtuosa indignação! Se tivesse tido dentes e habilidade, teria apanhado a presa.

Mas isto não impede que a cruz do desiludido, do falido, do sacrificado - eu - seja atroz de suportar. Afinal de contas, o mais famoso dos crucificados era Deus: nem desiludido, nem falido, nem vencido. No entanto, apesar de todo o seu poder, gritou "Eli!", mas depois dominou-se e triunfou, e já o sabia de antemão. A esse preço, quem não queria ser crucificado?

Há tantos que morreram desesperados. E esses sofreram mais do que Cristo.

Mas a grande, a tremenda verdade é esta: sofrer, para nada serve.

Cesare Pavese, in "O Ofício de Viver"